As mudanças nas regras de tributação do comércio eletrônico estão impactando nas pequenas e médias empresas, afirma Fabio Dantas Soares, sócio da consultoria Hands-on Solutions. “A alteração no ICMS não só prejudicou o custo da operação repassado ao consumidor final, por conta do aumento da carga tributária, como também impactou na operacionalização das vendas não presenciais, porque as empresas tiveram que correr com inscrições estaduais nas regiões para onde vendiam, diversas adaptações nos sistemas fiscais e aumento da demanda de apuração do imposto, aumentando o número de colaboradores”, diz.

Fechando ‘portas virtuais’

Ainda de acordo com Fabio Dantas Soares, diversos pequenos e médios e-commerces ou fecharam as portas ou limitaram as suas vendas a alguns estados estratégicos. “Algumas se prepararam, mas não o suficiente, enquanto as médias e pequenas correm risco, pois não se adequaram à Emenda Constitucional 87/2015”, diz. Ele avalia que o principal desafio é ajustar o sistema fiscal de cada empresa, imputando as parametrizações tributárias corretas para cada estado de origem, abrindo inscrições estaduais e revisando o fluxo logístico tributário para reduzir a carga tributária.

Divisão de receitas

Além disso, segundo o especialista da Hands-on Solutions, muitas empresas já estão operando precariamente, e por conta da crise, não estão contratando consultorias para auxiliá-las no processo. As startups no e-commerce, por exemplo, precisam de auxílio para iniciar as operações em compliance, pois as barreiras fiscais estão apertando o cerco. Antes da nova legislação, o ICMS no comércio eletrônico era recolhido aos cofres do estado onde a empresa está sediada. A nova lei divide a arrecadação do tributo entre o estado de origem da venda e o de destino ou de consumo.

Planos odontológicos

O número de beneficiários de planos odontológicos vem crescendo nos últimos anos, na contramão dos contratantes de planos médicos. De dezembro de 2014 a setembro de 2016, os contratantes de planos exclusivamente odontológicos avançaram 7,13%. Foi neste cenário que, no mesmo período, a A.P.O. Planos Odontológicos cresceu 49,95%. Para isso, a empresa ampliou os produtos, com coberturas específicas e adequadas aos clientes. “Otimizamos a estrutura para atravessar as adversidades no País”, diz o diretor-presidente da A.P.O., Jorge Sahade Neto.

Talentos latino-americanos

A bhive – plataforma que conecta profissionais de negócios com projetos de curto prazo a companhias na América Latina – nasceu na Colômbia em 2015 e está há um ano operando também na Argentina e no Brasil. A empresa prevê faturamento de US$ 10 milhões até 2018 e pretende expandir no Chile e Peru em 2017. “Somos a primeira comunidade de especialistas independentes da América Latina e acreditamos no mercado brasileiro como motor das mudanças que a internet está trazendo para o mundo corporativo na região”, diz Leonardo Marchant, CEO da plataforma.

Fonte: Classe Contábil